(para Dias Gomes)
O problema do Brasil é que o problema do
Brasil é o
problema do Brasil.
(para Rubem Penz)
Lugar longe, distante mesmo, é ali, ó, logo
depois de desistir.
(para Graça Sette, professora em
tempo integral)
Antes do "b" e do
"p", o "m", mas depois vale tudo.
(para Sônia Peçanha)
Os bumerangues seriam ótimos pombos-correio,
mas não nasceram pra isso.
(para quem estiver por aqui no
futuro)
Amor artificial, inteligência artificial,
relações artificiais: ô saudade!
(para Luís Antônio P. de Oliveira)
Os políticos mentem apenas para subsistir.
(para Mariana Ianelli)
Todo olhar carrega um assobio.
(para Cristiano Santos)
O antônimo do antônimo é sinônimo de
terceiro grau de um número primo.
(para quem acha que é fácil)
Falar é fácil, falar fácil é difícil e
falar difícil é o novo fácil, trapaça.
(para João Mattos)
Nem tudo somado a si mesmo dobra.
(para Nilma Lacerda)
O relógio não é o oásis das horas secas.
(para Caio J. Maciel, com medo de estar plagiando)
Ir e voltar num pé só deixa muito Saci de
quatro.
(para Manoel Lobato)
Um país é feito de insones e lixo.
(para Marlene de Lima)
Entrou na fila quando Deus meteu um
atestado.
(para Carmen Molinari)
Ver não viu, mas viu de ouvir falar.
(para Eustáquio Grilo)
Só os bobos desconfiam.
(para Patrícia, minha irmã)
Cachorro quando dá de latir dormindo
andou comendo ração de gente.
(para Maria Jabace)
As pedras não falam por pura timidez.
(para Gilberto Abreu)
Valhacouto para velhaco, velho, é o que
por aqui não falta.
(para Wasmália Bivar)
5 comentários:
Muito bom!
Obrigado, Dagmar.
(Para Alexandre Brandão)
Amigo que é amigo, acorda você com poesia.
Um montão de sínteses brilhantes...
ô delícia, Alexendre.
eustaquio.grilo@gmail.com
Dag e Eustaquio, queridos amigos, tem dia que a gente escreve é pra brincar. Abraço n'ocês.
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