Cofiar o escuro
da lua.
Umedecer o sol.
Escanhoar o
frio.
Aconselhar-se
com as estrelas.
Reger o coaxar da
saparia.
Esquecer no vermelho de um tiê-sangue o espanto.
Medir a sombra
das horas.
Cansar-se pelo
mar.
Aprender a acrobacia
da poeira.
Colorir o silêncio
das flores.
Perguntar à
infância que fim levaram as taboas.
Intervir nos
mapas.
Desistir do
passo anterior.
Acender-se e
apagar-se na presença de vaga-lumes.
Rir da retidão
dos caminhos.
Dar de beber à
água.
Mentir aos pés.
Burlar a
aurora.
Engolir o horizonte.
Contar estórias
à noite.
Esconder-se do
amanhã.
Ouvir a intimidade
da chuva.
Assistir ao
coito das pedras
Cultivar tudo que
a estupidez dos poderosos não alcança.
2 comentários:
Boa, das boas; e rimando com taboas. Que amo: são lindas.
Muito lindo. Amei.
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