9.7.18

Outro Homem





Para os novos avós: Neide e Guido, Sandra e Adelino

Foto do autor.


Não vou dizer flor. Tampouco água, ainda que potável. Os dias não estão nem para um nem para outro. Digo pedra, e imediatamente penso que as pedras são tão delicadas quanto a flor e a água. É a mão do Homem que a transforma em arma. É a mão do Homem.

Então digo Homem. Digo a mão do Homem e do que ela é capaz: atirar a pedra, esculpir na pedra uma arma perfurante, atirar a pedra impulsionada por um estilingue. E matar o pássaro. E matar o réptil. E matar seu semelhante, embora não o mate por fome nem o mate para comê-lo.

A flor, na mão do Homem, é apenas o perigo dos espinhos. E a água potável, um instrumento de tortura.

Não vejo saída. Mas...

Nasceu a Luísa, nasceu o Henrique, e o homem e a mulher não estão plenamente prontos em meus sobrinhos-netos, nos filhos de meus amigos. Cândido, penso que em breve direi flor, água, pedra e, com encanto, Homem. Outro Homem.

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